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NÃO AO GOLPE 

 

Esse é o refrão da resistência popular! Do posicionamento cidadão, independente de qualquer lateralidade ideológica em meio ao remoinho dos atrapalhos políticos. Por um lado: Não ao golpe orquestrado pelos animadores do impeachment. Por outro: não ao urgente resgate do ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, dos desprivilegios da justiça. Desordem e progresso de poucos, as minorias leprosas! Agora, deixo essas espécies de análises para os especialistas e lanço o meu não à violência. Ao golpe cru que agride os ouvidos e a carne em meio ao fogo da agitação. Barbárie, ignorância e desrespeito. Não ao golpe das sutilezas políticas, está claro o seu fundamento e importância. Não aos interesses egoístas encobertos de manto verde e amarelo. Não aos patriotas de sentimentos vazios e bolsos cheios que se valem das suas missões olvidadas para alimentar o seu sonhozinho americano. Nota: nada contra os nossos vizinhos, não é pessoal. Mas e o sonho brasileiro em construção? Que se inicia com o primário respeito à integridade física e à livre expressão do ser humano. Mulheres agredidas nos mais recentes protestos nas maiores avenidas desse país. Uma por circular em via pública com uma bicicleta vermelha, obviamente um estandarte do PT, absurdo? Por outra: e se fosse realmente um símbolo da sua militância pessoal, justifica alguma forma de censura? Esse é o passo na direção da reconstrução do Brasil? Homens coagidos a retirarem a camisa partidária em meio a gritos histéricos e punhos a brandir? Quem se desnudou e mostrou sua verdadeira face? Em cima de um movimento de progresso nacional? Incoerências... Reformas, reformas e mais reformas! Políticas, econômicas, agrárias e onde está o sinal da obra mais urgente e condicional para o advento de todas as outras? A reforma íntima... Mais pessoal... Da razão e dos sentimentos... Da educação... Da moral. Qual é a origem dessa intolerância? Termos histórias distintas e naturalmente - inevitavelmente! - opiniões diversas? Esta não é a luta do errado contra o certo em absoluto. A tabula é mais profunda e a modéstia pacifica os ânimos. O gigante ainda não despertou e tampouco conhece a sua potência enraizada na força da paz - essa natureza ainda oculta aos olhos dos governantes. Sublinho: e aos olhos dos governados, nós! É de conhecimento da maioria a existência de um homem chamado Mahatma Ghandi, rebento da Índia que sensibilizou o mundo ao servir de exemplo no combate a um verdadeiro império que na época subjugava seus conterrâneos. Posso evocar outros nobres exemplos, graças a Deus. Mas este ilustra muito bem a mensagem da vitória sobre uma fera histórica sem o uso da força bruta. E as indecências que eles suportavam eram deveras mais indignantes e as munições contra as injustiças foram exatamente a ausência delas: greves, passeatas, retiros espirituais e jejuns. Culturas diversas, expressões diferentes! Qual é a cara da paz brasileira? 

 

Então, primeiramente, união entre o povo. Porque independentemente da nossa inclinação política todos concordamos que as coisas podem melhorar. Isso é algo urgente para muitos, um socorro imediato. E independentemente de quem lidere esta nação estaremos todos juntos novamente na continuação da jornada rumo ao sonho intenso! Que é mestiço, diverso, um mosaico de identidades e histórias unidas em um plano igualitário e fraterno. Onde o conjunto da obra impede que qualquer peça brilhe em sua expressão maior sem a doação da – e à – luz vizinha. A segregação de qualquer espécie - política, racial e de gênero - consome as forças deste povo que precisa, reerguido, em nome do mesmo povo recuperar as rédeas do seu destino em direção a paz no futuro que se inicia hoje. O hino nacional canta o porvir que sempre cantaremos! Mas essa é uma convocação para o plantio imediato e à medida que a história se engrandece, a concórdia que chamaremos será cada vez mais gloriosa porque essa é a natureza do verde-louro da flâmula brasileira: se preparar para as futuras batalhas sobre a recordação das vitórias colhidas, com o raio vívido da esperança refletido nos olhos dos companheiros, lado a lado. 

 

NãO SE TRATA SIMPLORIAMENTE DA QUEDA DA PRESIDENTE DILMA E CONSEQUENTEMENTE - OU NÃO - DO DÓLAR PARA PODERMOS PISAR NOVAMENTE OS PÉS NA QUERIDA E ESTIMADA FLÓRIDA. NÃO ESTAMOS FALANDO APENAS DA ASCENÇÃO DE FULANO OU DO CICLANO COMO RESPOSTA REDENTORA. PORQUE TODOS SE PENSAM CARNE DESSE OSSO NACIONAL E DESGRUDAR ESTÁ FORA DE QUESTÃO. E NÃO SE GOVERNA PARA O POVO COM CACHORROS PUXANDO DE TODOS OS LADOS. O PRUMO DO BRASIL TAMBÉM NÃO ESTÁ DESTINADAMENTE NAS MÃOS DE ALGUM PARTIDO. PORQUE FRANCAMENTE, RACHADOS E MAL COLADOS, SÃO EGOS GIGANTES QUE DISCURSAM MUITAS VEZES O MESMO QUIPROQUÓ MAQUIADO - SEJA DE VERMELHO OU DE AZUL. ENQUANTO A SÉRIA ORATÓRIA VERDE E AMARELA AINDA VEM GANHANDO FORÇA.

 

Agora e sempre, qual é ponto? Nossas prioridades inadiáveis, assinadas por todo o povo brasileiro e custe o que custar: todos alimentados, todos residindo e vestindo-se dignamente, todos com acesso às condições básicas de saneamento e cuidados médicos, todos educados e com um futuro promissor que dependa exclusivamente da força do querer individual. Bem sabemos que no Brasil vez ou outra surgem das margens da sociedade verdadeiros heróis da resistência que vencem com honestidade, muita gana e prosperam nos lugares mais altos. Imaginem se houvessem sido equipados com todos os recursos que as minorias desperdiçam. Chegariam mais na frente? Quem sabe... As dificuldades também são mestres neste mundo. Mas há de chegar o dia em que as facilidades receberão o seu devido valor e trarão toda a propulsão de suas possibilidades. Tudo através de uma empática consciência mais clara que enxerga a peleja do nosso irmão e o valor também daquela vida. 

 

Então esta é a minha modesta mensagem a quem de interesse: pacifiquemo-nos e com a força desse empuxo arrastemos novamente o poder de decisão para o seio do povo que é onde bate o verdadeiro coração verde e amarelo.   

 

João Guimarães Rosa, autor do Grande Sertão: Veredas, imaginou o Brasil encarnado no enigmático Riobaldo que assunta em determinado momento da história: 

 

“Por que é que todos não se reúnem, para sofrer e vencer juntos, de uma vez?” 

 

Símbolo do amor eterno. Um sol inédito a batizar o Novo Mundo.  

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